segunda-feira, 6 de junho de 2011

NO TEATRO DA VIDA

Na aula de Geografia, a professora Ana apresentou aos seus alunos a proposta de um trabalho em grupo ao ar livre. A festa foi geral, pois todos gostaram da ideia de ter uma aula diferente. Ana distribui a turma em três grupos e deu a cada um deles um tema para discutirem e apresentarem em forma de um pequeno teatro as conclusões à que chegaram.

Deu, também, a eles um tempo para discutirem os temas e elaborarem suas apresentações. Depois de concluída esta etapa, a professora levou os alunos para fora da sala.

Cada grupo procurou seu cantinho e, sob a orientação de Ana, começaram a ensaiar suas pequenas encenações.

Os ensaios dos grupos estavam correndo tranquilamente, até que Ana, percebe em um dos grupos um tumulto. Alguns alunos daquele grupo, passaram por Ana chorando e com as roupas completamente manchadas de tinta vermelha. Outros alunos, do mesmo grupo, estavam enfurecidos e gritavam acusando alguém:

_Olha só o que você fez, sua burra!

Outros chorando diziam:

_Ah, olha o estado do meu caderno! Que droga! Minha mãe vai me matar e tudo por sua causa!

Sem perda de tempo, Ana correu em direção ao grupo exaltado e se deparou com uma cena um tanto desagradável. Vários cadernos e folhas espalhados pelo chão, completamente sujos de tinta vermelha. No chão, escorada em um banco do pátio, uma aluna aos prantos e os demais aos berros.

_Mas o que aconteceu aqui? – a professora interveio.

__Tia Ana, Carla derramou tinta pra todo lado! Essa burra!

_Ei, não diga isso da sua colega! Você acha que ela fez por querer? Ela não teve culpa.

_Teve sim! Ela que deixou o pote de tinta cair, ele quebou e sujou todo mundo e todas as nossas coisas!

Enquanto isso, Carla chorava compulsivamente, enquanto seus colegas reclamavam e lhe apontavam o dedo em acusação. A professora, não aceitando aquela situação, reuniu todo o grupo e os orientou:

_Quantos aqui acham que tudo isso é por culpa de Carla, levantem a mão.

Todos do grupo ergueram as mãos.

_Quantos também acham que ela deve pagar pelo que fez sozinha?

Mais uma vez todos, unanimemente, respondem que sim.

_Agora, quantos viram Carla pegar o pote de tinta, mirar nos cadernos e nos colegas e arremessar ao chão com tamanha força que quebrasse o pote e este suhasse tudo e todos?

Desta vez, todos permaneceram com as mãos abaixadas.

_Vocês não acham que o que vocês fizeram foi uma injustiça? Carla jamais teve a intenção de prejudicar vocês. O que aconteceu foi um acidente, que poderia ter acontecido com qualquer um de vocês. Vocês cometem ou já cometeram erros acidentais várias vezes. Por exemplo: esbarram nas pessoas, derrubam um vaso que sua mãe ama muito, pisa no pé de alguém e etc. Como podem acusar a colega de ter prejudicado vocês de propósito? Olhem o estado dela! Ela está aos prantos porque vocês a acusaram sem nem antes avaliarem a situação. Humilharam-na, apontaram o dedo na cara dela e tudo por causa de um ACIDENTE! Vocês não acham que devem algo a ela agora?

Todos, de cabeças baixas e envergonhados, foram até à colega, abraçaram-na e pediram perdão. A bagunça foi limpada por todo o grupo, o trabalho foi concluído, apresentado e acompanhado de várias palmas e elogios. Mas no fim da aula,a prefessora Ana sabia que as palmas e os elogios não deveriam ser apenas para a peça, pois, naquele dia, o teatro da vida apresentou uma peça um tanto dramática, mas com um desfecho de deixar o público de pé.

João 8:1-7

“Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras.

E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.

E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;

E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.

E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.

E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.”

Mateus 7:1-5

“Não julgueis, para que não sejais julgados.

Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.

E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?

Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?

Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.”

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